A Terapia Neural é uma técnica reguladora que visa alcançar uma modulação dos tecidos e órgãos, tendo em conta a interdependência entre sistema nervoso e as esferas física, mental e emocional. Os estímulos patológicos afetam toda a estrutura nervosa, e não só um único local, podendo ocasionar sintomas à distância. Assim, um problema dentário pode ser causa ou consequência de problemas de órgãos à distância, dada a íntima relação da cavidade oral com nervos cranianos e viscerais. Qualquer irritação de uma fibra nervosa altera as suas propriedades e a transmissão de informação por ela conduzida, o que se repercute nos tecidos e órgãos que inerva. Esta é a base do conceito de campo interferente, descrito pelo médico alemão Peter Dosch, e pode ser neutralizado através da aplicação de baixas doses de anestésicos locais, de modo a repolarizar o potencial de ação das células ou tecidos que previamente sofreram um estímulo nocivo. O efeito não é anestésico, mas sim vasodilatador, o que contribui para a recuperação fisiológica dos tecidos.
Na prática da Terapia Neural atribui-se relevância à história da doença atual e passada, incluindo cirurgias, acontecimentos de vida e história médica dentária. Para o diagnóstico e tratamento são fundamentais a avaliação objetiva, recorrendo à exploração e palpação minuciosas da cavidade oral, e a avaliação radiológica com ortopantomografia, entre outros exames complementares de diagnóstico.
Exemplos de campos interferentes na cavidade oral incluem:
Dentes de leite que não caíram ou dentes definitivos não erupcionados;
Infeções dos dentes ou anexos;
Dentes com desvitalização mal sucedida;
Fragmentos radiculares;
Cicatrizes;
Existência de quistos ou granulomas;
Mau posicionamento dentário ou má oclusão.
Para mais informações sobre a Terapia Neural, consulte: https://youtu.be/5S-w5ggHERo
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